BARRETOS

FESTA DO PEÃO DE BARRETOS: POLÍCIA DESENCADEIA OPERAÇÃO E DESARTICULA ESQUEMA DE FURTO

FESTA DO PEÃO DE BARRETOS: POLÍCIA DESENCADEIA OPERAÇÃO E DESARTICULA ESQUEMA DE FURTO
Publicado em 25/08/2024 às 0:55

Ah, a ironia. Enquanto uns se deliciavam com as luzes brilhantes e a excitação da Festa do Peão de Barretos, outros, mais astutos, viam uma oportunidade. Na fria manhã de 23 de agosto, não era apenas mais um celular furtado que estava em jogo. Era uma operação mais profunda, uma estratégia meticulosamente executada pelos menos favorecidos pela sorte — ou pela lei.

Os policiais, sargento Rodrigo Duarte e cabo Oliveira, não estavam apenas patrulhando as ruas de Olímpia; eles estavam caçando. O relógio marcava 18h40 quando a presa, a vítima M.V.M.F., compareceu à Sede da 2ª CIA. Com uma voz trêmula, ele relatou o furto do seu celular. Mas aqui está a lição: não é o ato em si que importa, mas o que se faz depois. A vítima, perspicaz, rastreou seu telefone até uma pousada isolada, longe das luzes da festa.O jogo estava em andamento. Os policiais, ao chegarem ao local, não se depararam apenas com quartos ocupados, mas com suspeitos. Três deles, vindos de São Paulo, ocupavam o quarto número três.

Uma porta trancada, uma tentativa desesperada de impedir a entrada da lei — era quase poético. Mas a resistência é uma escolha de quem não entende a força da autoridade. A porta foi aberta à força, a lei invadiu, e a resistência foi esmagada.Dentro do quarto, os três homens, agora não mais predadores, mas presas, tentaram uma última fuga. A falha, inevitável. Algemados, eles não podiam mais esconder seus crimes. O celular furtado, jogado em um saco de salgadinhos no terreno ao lado, foi o primeiro de muitos segredos revelados.

Cartões de crédito, máquinas de cartão magnético, e até um Jeep com um passado obscuro. Cada objeto uma pista, cada pista uma confissão.Eles vieram à Festa do Peão com um plano. Vender bebidas e chicletes? Claro, essa era a fachada. O verdadeiro “modus operandi” era mais complexo, uma dança de fraudes e furtos, onde a troca de cartões e senhas era a melodia. Eles roubaram, compraram, transferiram. Tudo isso enquanto as vítimas ainda saboreavam o gosto do açúcar.

Mas no final, não foram os furtos que os condenaram. Foi a presunção de que poderiam escapar. As diferentes identificações do Jeep, os números raspados — tudo indicava algo mais sinistro. Receptação, resistência, estelionato, adulteração de sinais identificadores. Cada palavra, uma sentença.E assim, eles caíram. A prisão foi inevitável, o veículo apreendido. A cadeia, o próximo destino. Se o poder não é dado, é tomado, então cuidado com o que você toma, pois pode ser a última coisa que você segura.