Na tarde da última sexta-feira, 9 de agosto, um avião ATR-72 da companhia aérea Voepass caiu em uma área residencial de Vinhedo, interior de São Paulo, causando a morte de todos os 62 passageiros a bordo.

A aeronave, que seguia de Cascavel, no Paraná, para São Paulo, perdeu contato com o radar às 13h22, e minutos depois, chocou-se contra o solo, deixando um rastro de destruição e dor.

As investigações sobre as causas do acidente começaram imediatamente, e a caixa-preta da aeronave foi recuperada no domingo.

Esse dispositivo essencial contém gravações de voz e dados de voo que podem desvendar o que levou à perda de controle do avião. Vídeos do acidente mostram o ATR-72 realizando um movimento circular incomum, com o céu aparentemente limpo.

Especialistas em aviação levantam diversas hipóteses: acúmulo de gelo nas asas, falha de motor ou problemas no controle da aeronave.

A própria Voepass reconheceu que havia previsão de gelo nas altitudes em que o avião voava, mas afirmou que deveria estar dentro de um nível aceitável.

O engenheiro aeronáutico Celso Faria de Souza, ao analisar os vídeos, acredita que o acúmulo de gelo seja a causa mais provável do acidente, uma preocupação antiga em modelos ATR-72, já envolvidos em tragédias semelhantes.

No entanto, o professor John Hansman, do MIT, sugere que o clima pode não ter sido o único fator, e que uma possível falha de motor mal administrada pela tripulação também deve ser considerada.

O relatório preliminar do Cenipa, esperado em 30 dias, será crucial para entender o que de fato ocorreu naquele fatídico dia.

Enquanto isso, familiares e amigos das vítimas aguardam respostas para o que levou a essa tragédia.

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