Às vésperas da famosa Festa do Peão, que começa amanhã, a Prefeitura de Barretos decretou situação de emergência devido à estiagem prolongada que afeta a cidade. Segundo Marcelo Borges, superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), a combinação de chuvas escassas e temperaturas mais elevadas em agosto, piores do que as de 2023, está agravando o cenário de abastecimento de água.

Os moradores dos bairros Zequinha Amêndola, Barretos I, Bom Jesus e Derby são os mais afetados pelo desabastecimento. Dona Lourdes da Silva Pereira, residente do bairro Zequinha Amêndola, comenta que o problema não é novo, mas se intensifica durante o período seco. A captação de água em Barretos é feita em córregos e poços profundos, mas a baixa vazão em tempos de seca prejudica o fornecimento. O decreto de emergência dá à prefeitura um prazo de 180 dias para implementar medidas excepcionais que possam minimizar os impactos no abastecimento. Isso inclui a liberação de recursos financeiros municipais para melhorias e maior autonomia para o SAAE negociar diretamente com os governos estadual e federal.

A Comissão Especial para Monitoramento de Estiagens e Emergências Hídricas permitirá que todos os órgãos e entidades municipais trabalhem em conjunto com o SAAE para enfrentar a crise. A questão do abastecimento de água durante a estiagem é recorrente em Barretos. Em 2014, a prefeitura impôs racionamento, e a multa por desperdício era de R$ 264. Em 2023, essa penalidade aumentou para R$ 1,5 mil. Marcelo Borges afirmou que serão realizados estudos para aumentar o número de pontos de captação de água na cidade, buscando soluções mais sustentáveis para o futuro.

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